Os Avós e os Pais
Na maioria das vezes a notícia de que vão ser avós é recebida com alegria e entusiasmo. Os avós são pessoas conhecedoras, que transportam consigo a sabedoria vivida das suas experiências, a história da família, e que normalmente servem de apoio para os pais do bebé que vai nascer. A aproximação do futuro pai com o seu pai e da futura mãe com a sua mãe, demonstra a importância e necessidade dos jovens pais em terem modelos de atuação para enfrentarem esta aventura.
Assim, a gravidez é tida como um timing de preparação de toda a família para as suas novas funções e, muitas vezes, é também uma forma de aproximação e de elo de ligação entre gerações.
Após o nascimento de um bebé, os avós devem estar prontos a servir de porto de abrigo para ajudar os filhos a ultrapassar os erros, evitando as críticas e a tomada de posse do papel dos progenitores do seu neto.
Apesar de pessoas experientes e sábias, os avós têm de saber quais os limites do seu papel e que já não lhes cabe as decisões sobre aquela criança. Os avós têm de saber dar espaço aos filhos, para que aprendam a desenvolver as suas próprias estratégias de adaptação. Por vezes, torna-se difícil compreender que o(a) filho(a) se encontra numa fase de descoberta diária, e que tomará as decisões que melhor entender. Assim os avós terão também de aprender a guardar as suas opiniões para si mesmos.
Os avós constituem agora a principal fonte de apoio, amor e carinho incondicional. Funcionam como apaziguadores de contendas entre pais e filhos, através da sua disponibilidade em ouvir ambas as partes, não esquecendo que deverão primeiramente ter em consideração as preocupações dos pais e não devem, em situação alguma, tomar o lugar dos mesmos. Só assim conseguirão aproveitar ao máximo esta nova fase da vida.