O Bebé Com Nariz Entupido

Após o nascimento é muito frequente os bebés apresentarem obstrução nasal, nariz “entupido”. No entanto, esta situação torna-se ainda mais notória, na época do outono/inverno, decorrente das gripes e constipações sazonais.

Nos primeiros dias de vida, a obstrução nasal é muitas vezes acompanhada de espirros, o que não implica que o bebé esteja constipado, isto é apenas uma reação corporal para expulsar as secreções brônquicas que ainda persistem desde o parto.

Apesar de não ser um problema grave, pode causar algum desconforto ao bebé, principalmente ao dormir e ao mamar, originando cansaço fácil e desadaptação da mama para conseguir respirar.

É por isso importante:

  • Amamentar mais frequentemente para fluidificar as secreções;
  • Oferecer água, caso já tenha iniciado a introdução de novos alimentos;
  • Elevar ligeiramente a cabeceira da cama para o bebé dormir;
  • Fazer aerossóis com soro fisiológico;
  • Fazer lavagem nasal com soro fisiológico, antes das mamadas e antes de dormir.

Como fazer a lavagem nasal?

  • Pegue numa embalagem de soro fisiológico;
  • Com uma mão feche a boca e uma das narinas do bebé;
  • Na narina aberta coloque uma gota de soro e espere que o bebé “fungue”;
  • Repita o procedimento para a outra narina;
  • Se a obstrução persistir repita os passos anteriores mais uma vez;
  • Quando o bebé já não tiver o nariz “entupido” pare com as lavagens nasais.

Deve também estar atenta a outros sinais tais como:

  • Febre;
  • Sonolência ou irritabilidade;
  • Diminuição do apetite;
  • Vómitos e/ou diarreia;
  • Dor ou irritação auricular, pois a obstrução nasal pode frequentemente originar otites.

Nestes casos, deverá recorrer a um profissional de saúde para que seja feita uma melhor avaliação da situação do seu bebé.

Se notar falta de ar ou dificuldade do bebé em respirar leve-o diretamente ao hospital.


Por Susana Carvalho de Oliveira
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica
Parteira de profissão e de coração desde 2011. Impulsionadora e diretora do projeto VouNascer. Desde 2006 que trabalha na área de obstetrícia, primeiramente no internamento de obstetrícia de um hospital privado, da área da grande Lisboa, e atualmente no bloco de partos e urgência obstétrica de um hospital público. É também conselheira em aleitamento materno reconhecida pela OMS/UNICEF, reflexologista na área da gravidez e parto, e co-autora do Método Nova-Génese. Empreendedora e dedicada de natureza. Tem 2 filhos rapazes que todos os dias lhe recordam as alegrias da maternidade.