O Bebé e a Febre!

A febre define-se como um aumento da temperatura corporal em relação aos valores normais. Ainda assim, estes valores são subjetivos, dependem de indivíduo para indivíduo, da atividade, das emoções, da altura do dia e da idade de cada um.

A febre não é uma doença, mas sim um sintoma que está subjacente a uma resposta corporal, acionado com o objetivo de destruir microrganismos intrusos, ou simplesmente para avisar que o bebé está demasiado agasalhado. É considerado febre nos bebés até um ano de idade se a temperatura for superior a 38ºC, quer seja avaliada na axila, reto ou ouvido.

O que fazer quando o bebé tem febre?

  • Tire uma ou duas peças de roupa, para que o bebé fique mais fresco e arrefeça, mas mantenha a temperatura ambiente a cerca de 20ºC;
  • Ofereça bastantes líquidos, para evitar a desidratação;
  • Não insista se o seu bebé não quiser comer, pois a febre diminui o apetite;
  • Proporcione momentos de descanso, pois a febre provoca sonolência;
  • Vigie a febre regularmente;
  • Faça antipiréticos (medicamento para baixar a febre), como o paracetamol em xarope ou supositório. Se o seu filho estiver com vómitos faça supositório, se estiver com diarreia dê xarope;
  • Dê-lhe um banho com água morna, se o antipirético não fizer efeito.

Deverá contactar um profissional de saúde se a criança tiver febre em simultâneo com outras manifestações:

  • Choro intenso e irritabilidade;
  • Falta de apetite marcada;
  • Sonolência mesmo quando não está com febre;
  • Manchas na pele;
  • Diarreia;
  • Vómitos;
  • Dores;
  • Dificuldade respiratória, tosse, expetoração ou nariz obstruído;
  • Se a febre persistir ao fim de 3 dias sem tendência para melhorar;
  • Se o bebé tiver menos de 3 meses, se a febre não baixar com os medicamentos ou se a criança apresentar temperatura igual ou superior a 40ºC dirija-se à urgência do hospital.

Por Susana Carvalho de Oliveira
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica
Parteira de profissão e de coração desde 2011. Impulsionadora e diretora do projeto VouNascer. Desde 2006 que trabalha na área de obstetrícia, primeiramente no internamento de obstetrícia de um hospital privado, da área da grande Lisboa, e atualmente no bloco de partos e urgência obstétrica de um hospital público. É também conselheira em aleitamento materno reconhecida pela OMS/UNICEF, reflexologista na área da gravidez e parto, e co-autora do Método Nova-Génese. Empreendedora e dedicada de natureza. Tem 2 filhos rapazes que todos os dias lhe recordam as alegrias da maternidade.