Sinais de Falso Trabalho de Parto

No final da gravidez, a atenção da mulher e da família está direcionada para o bebé, e o desejo de o ver aumenta a cada dia que passa.

O corpo da mulher é perfeito, começando pelo facto de que tem a capacidade para gerar uma nova vida dentro dele e terminando na sua incrível aptidão de enviar sinais, que dão indicação à mulher que está quase na hora de conhecer o seu bebé. No entanto, é necessário que saiba interpretar esses sinais, pois nem sempre querem dizer que está em trabalho de parto e pode até nem ser necessário recorrer à urgência, são os denominados sinais de falso trabalho de parto:

Em obstetrícia não existem verdades absolutas, e se em determinada hora ainda não está em trabalho de parto, daí a uma ou duas horas pode já estar, por isso mantenha-se alerta pois estes sinais dizem-lhe que está perto mas não quantificam o tempo, tanto pode ser na hora seguinte ou daí a uma semana.Descida do feto para a região pélvica, muitas vezes denominada de “barriga baixa”. Não se preocupe é normal e corresponde ao encaixe da cabeça do bebé na bacia, quer dizer que dentro de pouco tempo estará pronto para nascer;

  • perda do rolhão mucoso, que é como uma pasta gelatinosa, pode vir acompanhada de laivos de sangue ou acastanhados, isto quer dizer que o colo do útero está maduro e o parto está para breve;
  • Contrações indolores denominadas de contrações de Braxton Hicks que servem para preparar o útero para as verdadeiras contrações do trabalho de parto;
  • Perda de sangue vaginal em escassa quantidade associado ao toque vaginal, por exemplo após uma consulta, ou após ter relações sexuais;
  • Contrações dolorosas irregulares que diminuem ou desaparecem em repouso.

Caso tenha dúvidas e ache que alguma coisa não está bem consigo ou com o seu bebé, jogue pelo seguro e dirija-se à urgência, é melhor ter a certeza que está tudo bem.


Por Susana Carvalho de Oliveira
Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstétrica
Parteira de profissão e de coração desde 2011. Impulsionadora e diretora do projeto VouNascer. Desde 2006 que trabalha na área de obstetrícia, primeiramente no internamento de obstetrícia de um hospital privado, da área da grande Lisboa, e atualmente no bloco de partos e urgência obstétrica de um hospital público. É também conselheira em aleitamento materno reconhecida pela OMS/UNICEF, reflexologista na área da gravidez e parto, e co-autora do Método Nova-Génese. Empreendedora e dedicada de natureza. Tem 2 filhos rapazes que todos os dias lhe recordam as alegrias da maternidade.